segunda-feira, agosto 29, 2005

Amor em Jogo (Bobby & Peter Farrelly, 2005)
=> Estréia dia 02 de Setembro
Eu não me importo em admitir que às vezes gosto de ver filmes bobos e previsíveis. Amor em Jogo é apenas mais um destes: um filme despretensioso e engraçado que cumpre com satisfação aquilo a que se propõem ser – ou seja, exatamente isso, um filme despretensioso e engraçado. Adaptado do romance do inglês Nick Hornby, Febre de Bola, os roteiristas resolveram deixar de lado o típico futebol britânico e transportar a trama para Boston e o time de beisebol local, o Red Soxs. Jimmy Fallon, do programa de televisão Saturday Night Live, interpreta Ben, um professor de matemática obcecado pelo time de beisebol, e Drew Barrymore é Lindsey Meeks, uma executiva que irremediavelmente vai se colocar entre Ben e sua obsessão. Bonitinho e com vários momentos bastante engraçados, Amor em Jogo é um daqueles filmes que não fará mal a ninguém; pelo contrário, ainda deixa todo mundo com um sorriso no rosto após a sessão (eu sempre digo, são poucos os filmes que fazem isso hoje em dia). Sem falar que Drew Barrymore correndo pelo campo de beisebol é uma cena imperdível. Nota: B+

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Hotel Ruanda (Terry George, 2004)
Um dos piores genocídios da história e uma avalanche de grandes interpretações fazem com que Hotel Ruanda seja um filme imperdível. Infelizmente, o roteiro falha em concentrar a ação na figura do herói Paul Rusesabagina (interpretado pelo ótimo Don Cheadle), ao invés de tentar entender como seres humanos são capazes de matar a facão gente de seu próprio país. Pra quem não conhece a história: em 1994, Ruanda explodiu em uma guerra civil que deixou um rastro de cerca de 800 mil mortos, na sua imensa maioria de origem tutsi (o mais estarrecedor é que a diferença entre tutsis e hutus é ínfima). Falta ao filme um pouco de pretensão para tentar entender a dimensão da tragédia. Ainda assim, indispensável. Nota: B+

Música do dia: Steven Smith, The Organ

sexta-feira, agosto 26, 2005

Los Hermanos em POA
Já faz algum tempo que eu digo que a banda carioca Los Hermanos é a melhor banda brasileira da atualidade. Nessa semana, os caras tiveram a oportunidade de provar isso mais uma vez para os seus fãs porto-alegrenses e não decepcionaram. Fui no show na quarta-feira, no Opinião, e posso dizer que saí completamente extasiada: os Los Hermanos também são uma baita banda no palco! Eu tenho a impressão que alguns artistas, apesar de lançarem grandes álbuns, não conseguem fazer grandes shows. Mas os Los Hermanos, por outro lado, têm as duas qualidades: lançam grandes álbuns e fazem grandes shows. Esse é o segundo show da banda a que eu assisto e a minha grande expectativa com relação a esse show era saber como a banda iria mesclar o novo cd com as músicas antigas, já que as novas canções têm um ritmo bastante diferente do trabalho anterior dos caras. Felizmente, o resultado foi extraordinário, mesmo que em algums momentos as músicas mais "paradonas" do cd 4 tenham quebrado um pouco o ritmo do show (falta a energia que estava presente nos outros álbuns). Mesmo quem não é fã dos caras ou não conhece o trabalho deles deve dar uma conferida no show. Vale a pena!
Confira a agenda de show dos Los Hermanos: 27/08 Caxias do Sul; 28/08 Florianópolis; 04/09 Açores, Portugal; 06/09 Lisboa, Portugal; 07/09 Porto, Portugal; 09/09 São José dos Campos; 11/09 Rio de Janeiro; 23, 24 e 25/09 São Paulo; 30/09 Manaus; 01/10 Belém.
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Feminices (Domingos de Oliveira, 2005)
Feminices é um filme estranho. Filmado com baixo orçamento e muito alto astral (dá pra notar isso na tela), o filme não se define entre ficção ou documentário - é um quase documentário. A premissa: quatro mulheres, todas com cerca de 40 anos, reúnem-se para escrever uma peça de teatro justamente sobre as mulheres de 40 anos. A trama é interessante e até gera momentos hilários, mas o filme simplesmente não funciona. A principal razão está na teatralidade exagerada da performance das atrizes e no próprio roteiro, que abre espaço para essa teatralidade. Eu sempre achei que a maioria dos filmes brasileiros têm esse problema: os diálogos são muito artificiais. Não tenho certeza se se trata de um problema com os atores brasileiros, com os roteiros ou até mesmo com a direção de atores, mas o fato é que os diálogos ficam devendo, e muito. Além disso, a direção de Oliveira também não me agrada (vejam, por exemplo, o momento em que uma das personagens fala sobre o caso que está tendo com outro homem. A câmera fica presa em close-up no rosto da atriz por vários minutos! É uma chatice!). Enfim, o filme desperdiça o talento das atrizes e a boa premissa. Uma pena. Nota: B-
Música do dia: In the Sun, Joseph Arthur

segunda-feira, agosto 22, 2005

Água Negra (Walter Salles, 2005)
Walter Salles é um diretor competente que às vezes acaba comprometendo seus filmes por exagerar no sentimentalismo. Foi assim em Central do Brasil, Abril Despedaçado e até mesmo em Diários de Motocicletas (seu melhor filme, na minha opinião). Dessa vez, no entanto, Salles erra a mão não por exagerar no sentimentalismo, mas por não definir a qual gênero pertence seu filme. Ainda que seja um bom filme, Água Negra seria certamente muito melhor caso se decidisse por ser um suspense psicológico, e não um terror convencional. A indefinição gera uma série de cenas e situações desnecessárias cujo objetivo é apenas dar um susto no espectador. O roteiro deveria ter se concentrado nos problemas psicológicos de Dahlia (personagem de Jennifer Connelly, mais uma vez interpretando uma mulher problemática e perdida) e na relação traumática desta com a sua mãe, mas prende-se demasiadamente no mistério envolvendo (surpresa! surpresa!) uma criança desaparecida, ao mesmo tempo, que dá algumas pistas de que tudo não passa de uma alucinação da mente conturbada de Dahlia. Ou seja, Água Negra confunde-se entre uma trama madura e psicológica, que não está presente na maioria dos filmes de terror, e elementos bastante familiares e óbvios a este gênero do cinema. Mesmo assim, ainda é um filme interessante e vale a pena pelo ótimo elenco. Nota: B

Música do dia: Angels, Elliott Smith

Dica de filme: Amor Maior Que a Vida (Keith Gordon, 2000). Sempre tenho a impressão que ninguém nunca viu esse filme. Vale pelo ótimo roteiro e pela química entre Jennifer Connelly e Billy Crudup.

sábado, agosto 20, 2005

Festival de Gramado
Ontem, consegui escapar de Porto Alegre e dar uma chegada em Gramado para ver a Mostra Gaúcha promovida pela Assembléia Legislativa do RS. Na edição do Festival de Cinema de Gramado deste ano, foram selecionados nove curtas gaúchos para participar da Mostra. Na minha opinião, um curta para ser bom precisa contar uma história simples, sem muitos diálogos. O curta joga justamente com uma série de simbologias e signos que, devido à duração do curta, precisam ser facilmente entendido pelo público – o que não significa que o filme deva ser simples ou burro; não, ele tem de ser right to the point, isto é, certeiro, sucinto e sem muitas explanações. Pois bem, dos noves curtas desse ano, eu diria que apenas três cumprem essa receita satisfatoriamente – são eles: Hoje Tem Felicidade (de Lisiane Cohen), Início do Fim (de Gustavo Spolidoro) e Os Olhos do Pianista (de Frederico Pinto). Se alguém tiver a oportunidade de ver esses três filmes, não perca, porque valem muito a pena.

- Hoje Tem Felicidade conta a história de Rui (vivido pelo veterano Rui Rezende), um homem que está à procura de um pequeno momento de felicidade, por mais efêmero que seja. É bom prestar atenção na trilha sonora, que foi composta justamente para o filme pelo compositor e músico Pedro Figueiredo.
- Início do Fim é sobre um homem que desiste (esta é a sinopse “oficial” do curta). Filmado no antigo cinema Capitólio, no centro de Porto Alegre, Início do Fim comove pela simplicidade e pela crueza dos acontecimentos mesclados a imagens belíssimas – Spolidoro é um dos diretores mais talentosos da nova geração de cineastas gaúchos.
- Já Os Olhos do Pianista é uma animação em stop motion comandada por Frederico Pinto (o mesmo do curta Docinhos) e trata justamente sobre a magia do cinema. É um curta para cima, encantador e que se destaca pelos detalhes (tanto a fotografia quanto a direção de arte são brilhantes).

Os premiados na Mostra Gaúcha foram os seguintes:
- Melhor Filme 35mm: Início do Fim
- Melhor Diretor: Gustavo Spolidoro, Início do Fim
- Melhor Ator: Nilson Asp, Início do Fim
- Melhor Atriz: Thelma Reston, Hoje Tem Felicidade
- Melhor Roteiro: Kactus Kid
- Melhor Fotografia: Os Olhos do Pianista
- Melhor Montagem: O Prato do Dia
- Melhor Música: Os Olhos do Pianista

domingo, agosto 14, 2005

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Tim Burton, 2005)
Quando saíram as primeiras notícias de que haveria uma refilmagem de A Fantástica Fábrica de Chocolate, eu logo fiquei contente com uma informação: a dupla Burton & Depp era certíssima para a empreitada. Agora, depois de ver o filme, percebo que eu estava mesmo certa – os dois são o ponto alto do filme. Acrescentando um toque sinistro que não estava presente no filme original, Burton cria uma atmosfera que segue coerente com seus projetos anteriores. Enquanto o interior da fábrica é uma festa para os olhos, com todos as cores possíveis saltando por todos os lados, Londres é quase monocromática, o que cria a estranha dicotomia que é central para a história. Já o Willy Wonka de Johnny Depp é um freak, um ser bizarríssimo e muito diferente daquele imortalizado por Gene Wilder (se é que minha memória não me engana), e Depp mostra porque é um dos atores mais interessantes e versáteis de sua geração. Também se destaca o jovem Freddie Highmore. Ao contrário de outros jovens atores (que parecem adultos presos num corpo de criança, como Dakota Fanning e Haley Joel Osment), Highmore é bastante desenvolto e ainda apresenta uma incrível doçura infantil. É bom guardar o nome desse garoto.

No entanto, A Fantástica Fábrica de Chocolate não chega a ser um grande filme. É divertido e envolvente, mas não traz nada de novo. Trata-se de uma fábula sobre a importância da família e dos valores morais, como ética e honestidade. E como se desenvolve para ser um filme familiar, é difícil escapar do final quadradinho e feliz. Nota: B+

Música do dia: Missing You, Jem

Dica de Filme: Jovens, Loucos e Rebeldes (Richard Linklater, 1993). Grande elenco num dos primeiros filmes do diretor de Antes do Pôr-do-Sol.

terça-feira, agosto 09, 2005

Por um Escova de Dentes
Um pedaço de alface na escova de dentes desencadeia uma briga entre um casal de namorados. A premissa simples dá vida a um dos curtas-metragens mais interessantes da nova safra brasileira de cinema. O curta chama-se Intimidade e foi dirigido por Camila Gonzatto (guardem esse nome). O filme tem rodado vários festivais, no Brasil e também no exterior, sempre recebendo prêmios e muitos elogios. Quem puder dar uma conferida, não pode perder. No elenco, estão os ótimos Fernando Alves Pinto e Carolina Dariano. Nota: A
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Tenho assistido poucos filmes no últimos dias, por isso o blog não tendo tido muitas atualizações. As cabines de imprensa estão raras aqui em Porto Alegre, tenho de voltar a freqüentar as locadoras...
Dica de filme: Terra Estrangeira (Walter Salles, 1996). Com Fernando Alves Pinto e Fernanda Torres no elenco.

segunda-feira, agosto 08, 2005

A Diva das Divas
No último dia 5 de agosto, completaram-se exatos 43 anos da misteriosa morte de Marilyn Monroe, sem dúvida o maior símbolo sexual do século XX. O que muitos não sabem é que a diva também era uma atriz talentosa e uma mulher extremamente inteligente (dizem que seu QI superava a marca de 160). Mesmo que o estigma de loira burra personificado em grande parte de seus filmes tenho prejudicado sua carreira, Marilyn conseguiu contruir uma sólida seleção de filmes e performances, tendo trabalhado com diretores do calibre de Billy Wilder (que se dizia seu grande fã), Joseph L. Mankiewicz, Howard Hawks, George Cukor e John Huston. Quem quiser conhecer um pouco mais sobre a atriz, pode dar uma conferida nas transcrições de seus encontros com seu psiquiatra poucos dias antes de vir a falecer. As transcrições (acesse aqui) foram divulgadas pela primeira vez nesta última semana. Surpreendentemente bem articulada, Marilyn fala sobre assuntos tão díspares quanto orgasmo, Freud, casamento, Oscar, Clark Gable, JFK e até mesmo sobre um caliente encontro com Joan Crawford - outra diva Hollywoodiana- e revela-se frágil e triste, mas, ao mesmo tempo, consciente de suas qualidades e de seus problemas e com uma profunda ânsia pelo reconhecimento que merecia ter ganho.
Fica aqui então a dica para descobrir Marilyn Monroe, a atriz. Pelo menos quatro de seus filmes são imperdíveis: o clássico A Malvada (1950), a parceria com Wilder em O Pecado Mora ao Lado (1955) e Quanto Mais Quente Melhor (1959) e o western Os Desajustados (1961), seu último filme e, por ironia, também o último filme de Clark Gable.
Música do Dia: Pois É, Los Hermanos. Ainda estou descobrindo esse novo cd.

sexta-feira, agosto 05, 2005

O apagar das luzes
Ao final desta noite de quinta-feira, ao subirem os letreiros e despedirem-se os últimos espectadores, os cines Imperial e Guarany fecharão suas portas de forma definitiva. A notícia já circulava desde o início do ano passado, quando foi anunciado que o prédio do Imperial seria restaurado para receber o novo Centro Cultural da Caixa Econômica Federal. Nenhuma surpresa, portanto; mas é difícil deixar de reconhecer que se encerra uma era em Porto Alegre: não existem mais cinemas de rua na capital dos gaúchos. Sucubiram de forma vertiginosa aos cinemas de shopping ou centros culturais. O charme melancólico e nostálgico dos grandes teatros da rua dos Andradas (capazes de abrigar mais de mil espectadores de uma só vez) deu lugar ao aspecto clean e às salas pequenas dos multiplex. É claro que não dá para colocar a culpa em ninguém, porque hoje os tempos são outros. É preciso pensar na violência que atinge, principalmente, as ruas do centro da cidade e na grande variedade de títulos que cada vez mais aporta nos cinemas brasileiros, sem falar na concorrência com o DVD e na própria decadência do centro de Porto Alegre. Felizmente, o Imperial e o Guarany darão lugar a um dos centros culturais mais modernos do país e ainda há a expectativa da construção de um cine-teatro para cerca de 800 pessoas. Mas com certeza deixarão saudades, e a praça da Alfândega já não é a mesma...
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Os novos Los Hermanos
Chegou o esperado novo cd dos cariocas Los Hermanos. A banda, marcada pela ruptura de estilo, muda sua cara novamente. Dessa vez, eles aparecem mais contemplativos, mais experimentais, menos energéticos e com letras mais curtas. Não é um álbum de se apaixonar de primeira, requer alguma paciência até que as coisas comecem a engrenar. Na minha opinião, é inferior ao Ventura, álbum anterior dos caras. Ainda assim, confirma aquilo que muita gente já sabia: Los Hermanos é a melhor banda brasileira da atualidade. Eu recomendo: O Vento e É de Lágrima, as duas melhoras faixas do cd. O cd está custando R$ 30 em média. É bom ir preparando o gogó, porque Los Hermanos vão estar em Porto Alegre nos dias 23 e 24 de agosto, no Opinião. Outras informações sobre o grupo, acesse o Site Oficial.

Música do dia: Um Par, Los Hermanos. Para comparar com o álbum anterior da banda.

Dica de Filme: Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore, 1989)

terça-feira, agosto 02, 2005

Sin City (Robert Rodriguez e Frank Miller, 2005)
De tempos em tempos surge um filme que a crítica especializada abraça com todas as suas forças para torná-lo um marco do cinema moderno. É o caso de Sin City, lançado no início do ano nos EUA e que só agora chega ao Brasil. Felizmente, o filme não decepciona toda a badalação. Visualmente brilhante, Sin City é a prova do amadurecimento do diretor Robert Rodriguez, um cara muito talentoso, mas que muitas vezes se perde ao tentar exibir suas qualidades. Pois aqui, cada enquadramento e cada movimento de câmera têm uma razão de ser, o que torna o filme ao mesmo tempo inovador e contido na medida certa. A fotografia também é excelente, principalmente no que diz respeito à iluminação (observem a utilização das sombras para criar um clima noir, muito parecido com o dos quadrinhos). Outro aspecto que me agradou muito foi o uso do preto-e-branco contraposto a alguns rompantes de cor, como o vermelho do sangue, o azul dos olhos de alguns personagens, o amarelo do personagem de Nick Stahl. O elenco, recheado de nomes conhecidos, é brilhante, especialmente os durões Mickey Rourke e Bruce Willis, dois atores que costumam não receber os elogios que merecem. A decepção fica por conta do elenco feminino. Alexis Bledel (a Rori de Gilmore Girls) está totalmente mal utilizada aqui e apenas Rosário Dawson transpira a sensualidade que as personagens femininas exigem. A duração do filme pode cansar espectadores mais exigentes, e o filme parece arrastar-se um pouco no seu finalzinho. Mesmo assim, Sin City é um daqueles filmes que tem de ser visto na tela grande. Nada de esperar pelo DVD. Nota: A

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Alias volta a ser exibido no AXN. Segundo a emissora, a série será transmitida às segundas-feiras, às 20hs, com a exibição da terceira temporada (e não a quarta) a partir de 22 de agosto. É possível que o DVD da quarta temporada seja lançado no Brasil antes de passar na televisão (assim como já aconteceu com a terceira temporada). Enquanto isso, nos EUA, a quinta temporada deverá começar a ser filmada em breve e já tem estréia prevista para 29 de setembro. A gravidez de Jennifer Garner será incorporada à série. Será que o filho de Sydney é de Michael Vaughan?


Música do dia: Miracle Drug, U2

Dica de Filme: Coração Satânico (Alan Parker, 1987). Para lembrar dos bons tempos de Mickey Rourke.