quinta-feira, julho 28, 2005
domingo, julho 24, 2005
sexta-feira, julho 22, 2005
quarta-feira, julho 20, 2005
domingo, julho 17, 2005
Fiz uma pequena seleção de alguns filmes que imagino que podem chamar a atenção neste segundo semestre de 2005:
- Memoirs of a Gueisha. Novo filme do diretor Rob Marshall, baseado no romance homônimo. Com Gong Li, Zhang Ziyi, Ken Watanabe e Michelle Yeoh. Estréia em 23 de Dezembro nos EUA.
- Proof, de John Madden (de Shakespeare Apaixonado), com Gwyneth Paltrow, Anthony Hopkins, Hope Davis e Jake Gyllenhaal. 16 de Setembro nos EUA.
- Brokeback Mountain, dirigido por Ang Lee, com Jake Gyllenhaal e Heath Ledger nos papeis de dois cowboys que se apaixonam. Deve causar polêmica. Estréia em 9 de Dezembro nos EUA.
- Jarhead, drama de guerra dirigido por Sam Mendes, com Jake Gyllenhaal (novamente ele!), Peter Sarsgaard e Jamie Foxx. Chega aos cinemas americanos em 11 de Novembro.
- Elizabethtown, nova comédia romântica de Cameron Crowe, estrelando Orlando Bloom, Kirsten Dunst e Susan Sarandon. Programado para 14 de Outubro.
- The New World. O recluso Terrence Malick volta a dirigir um filme. Dessa vez, ele conta a história da chegada dos europeus ao continente americano, com Colin Farrel, Christian Bale e Chistopher Plummer. 9 de Novembro nos EUA.
- Walk the Line. Cinebiografia do músico Johnny Cash, com Joaquin Phoennix e Reese Whiterspoon. 18 de Novembro nos EUA.
- Broken Flowers. De Jim Jarmusch, com Bill Murray, Julie Delpy, Tilda Swinton, Jessica Lange, Sharon Stone e Francis Conroy. Estréia em 5 de Agosto nos EUA.
sábado, julho 16, 2005
Finalmente reuni minhas forças e abocanhei uma oportunidade de ver esse filme. Na Alemanha e em outros lugares, A Queda foi muito criticado por ter ‘humanizado’ a figura odiosa de Hitler. Pois, surpresa, o ditador sanguinário também era um homem. E é justamente aí que mora o perigo. Seria muito mais fácil e simples classificar Hitler, Goebbels e seus comparsas nazistas como máquinas de matar ou vilões de histórias infantis, em que o maniqueísmo é parte natural da própria trama. Não, no mundo real, as coisas são bem mais complexas e profundas, e, por isso mesmo, bem mais assustadoras. Infelizmente, Hitler não era um robô, um alienígena, um ser de outro mundo. Ele era sim um fanático, um fundamentalista, um homem sedento pelo poder e com uma idéia fixa na cabeça: os fracos e os judeus devem ser exterminados. A cena em que ele discursa durante um jantar falando sobre a compaixão é um dos momentos mais perturbadores que já vi no cinema. Dessa maneira, ao mesmo tempo em que mostra uma relação afetiva do ditador com sua secretária, ‘humanizando-o’, diriam alguns, o filme não titubeia em mostrá-lo como louco, com seus discursos furiosos, marcados pelo ódio e pela intolerância. A impressionante interpretação de Bruno Ganz realça cada aspecto mínimo do caráter de Hitler, construindo um ser assustador e demente.
Eu queria falar um pouco também sobre Magda Goebbels, esposa do infame Joseph Goebbels. Magda Goebbels matou cada um dos seus filhos (numa cena absolutamente inquietante) porque não conseguia imaginá-los num mundo sem o ‘nacional-socialismo’ (ou seja, o nazismo e a sua sede por destruição). Seria natural descrevê-la como um monstro, que odeia seus filhos, mas o surpreendente (conforme mostra o filme) é que ela ama sim os filhos, tem orgulho deles, e, no entanto, envenena-os em nome de sua crença, do seu fanatismo pelo Füher e pelo nazismo. Isso é assustador.
Num momento em que o mundo regride décadas e décadas cada vez que civis são mortos em nome do fundamentalismo religioso (veja bem, seja por obra de fundamentalistas islâmicos, seja por obra de fundamentalistas cristãos protestantes instalados na Casa Branca), A Queda é um filme obrigatório para entender como o fanatismo e a intolerância podem destruir nações inteiras. Essa foi a tragédia da 2a Guerra Mundial. E é essa a mesma tragédia dos dias atuais.
Nota: A
sexta-feira, julho 15, 2005
Uma coisa que me irrita muito quando o assunto é cinema é essa estranha mania de fazer com que os filmes “independentes” demorem séculos para chegar nos cinemas brasileiros mesmo quando são sucessos de crítica, enquanto as superproduções descerebradas chegam aqui no mesmo dia em que estréiam lá (como O Quarteto Fantástico, por exemplo). Esse primeiro semestre de 2005 já reservou alguns filmes que parecem terem se perdido no caminho até o Brasil. Eu já estou de olho em:
- Hotel Ruanda (de Terry George, 2004). Ganhou três indicações ao Oscar, foi muito elogiado pela crítica internacional e ainda assim não chegou ao Brasil. Previsão de estréia: 12 de agosto.
- Sin City (de Robert Rodriguez e Frank Miller, 2005). Provavelmente o filme mais elogiado deste primeiro semestre. Estreou em 1 de abril nos EUA e faturou mais de US$ 70 milhões. Finalmente chega aos cinemas brazucas na semana que vem, dia 29 de julho, depois de muita espera.
- Crash (de Paul Higgins, 2005). Um acidente de carro reúne um grupo de estranhos em Los Angeles. Estreou em maio nos EUA, e ainda não tem data de lançamento prevista para o Brasil. É um dos poucos filmes já lançados que deve estar na corrida pelos prêmios de final de temporada. As performances de Matt Dillon, Sandra Bullock e Thandie Newton vêm recebem ótimos comentários.
- Cinderella Man (de Ron Howard, 2005). Russel Crowe e o diretor Ron Howard encontram-se novamente neste filme sobre a vida do boxeador Jim Braddock. Apesar de ter sido um inesperado fracasso de bilheteria, foi bastante elogiado pela crítica americana. Ainda conta com as presenças sempre interessantes de Renée Zellweger e Paul Giamatti. No Brasil, o filme ganhou o péssimo título de A Luta Pela Esperança e tem data prevista de lançamento para 9 de setembro.
- La Marche de l'empereur (de Luc Jaquet, 2005). Documentário sobre a vida dos pingüins-imperadores, os maiores da espécie. Esteve nos festivais de Sundance e Seattle e parece ser bem interessante (para quem gosta de documentários). Vamos torcer para que chegue aos cinemas brasileiros.
- 2046 (de Kai War Wong, 2004). Continuação do cultuado Amor à Flor da Pele. Além de Maggie Cheung e Tony Leung (que estavam no primeiro filme), essa seqüência ainda traz no elenco as ótimas Gong Li e Zhang Ziyi. Ainda nem estreou nos EUA e sabe-se lá quando chegará ao Brasil (se chegar).
quinta-feira, julho 14, 2005
Aqui estão as indicações para o Emmy 2005.
Mais tarde faço um comentário mais completo, mas já dá pra dizer o seguinte:
- Desperate Housewives e Will & Grace ganharam 15 indicações cada uma e lideram entre as séries de comédias;
- Entre as séries dramáticas, a liderança é de Lost, com 12 indicações;
- Três Desperate Housewives receberam indicações para Melhor Atriz Comédia: Marcia Cross, Teri Hatcher e Felicity Huffman. Eve Longoria mais uma vez ficou de fora. A surpresa ficou por conta de Nicolette Sheridan que também não foi indicada na categoria de Atriz Coadjuvante;
- Veronica Mars não foi indicada pra nada... Assim como Gilmore Girls. Esses dois shows merecem mais atenção;
- Jennifer Garner (Alias) ganhou sua quarta indicação e como Alisson Janney (de The West Wing) não foi indicada, acho que Garner tem chances de ficar com o prêmio. Por outro lado, nem Victor Garber nem Ron Rifkin receberam indicações;
quarta-feira, julho 13, 2005
Amanhã saem as indicações ao Emmy, prêmio máximo da TV norte-americana. Aqui estão as minhas previsões nas principais categorias:
- Melhor Série Dramática:
24 Horas (Seg, 21h, Fox)
CSI: Crime Scene Investigation (Ter, 21h, Sony)
Deadwood
Lost (Seg, 20h, AXN)
The West Wing (Sex, 22h, Warner)
- Melhor Série Comédia:
Arrested Development
Desperate Housewives (Qui, 21h, Sony)
Everybody Loves Raymond (Sex, 19h/23h, Sony)
Entourage
Two and a Half Men (Ter, 20h30, Warner)
Acho que a coisa é por aí. Eu, particularmente, vou estar torcendo por:
- Alias
- Desperate Housewives
- Veronica Mars
- 24 Horas
- Gilmore Girls
- Marcia Cross (Desperate Housewives)
- Kristin Bell (Veronica Mars)
- Jennifer Garner (Alias)
- Mia Maestro (Alias)
- Lauren Graham (Gilmore Girls)
- Victor Garber (Alias)
- Ron Rifkin (Alias)
- Kiefer Sutherland (24)
- Steven Culp (Desperate Housewives)
segunda-feira, julho 11, 2005
quarta-feira, julho 06, 2005
Wes Anderson é um mestre da bizarrice. Quem viu Os Excêntricos Tenenbaums já sabia disso. Mas eu não sou fã do diretor e acho Tenenbaums um pouco superestimado (overrated). De forma que fiquei positivamente surpresa com A Vida Marinha, que acabou não recebendo tantos elogios da crítica especializada quanto os primeiros filmes do diretor, mas ainda assim é um ótimo filme. Assim como em seu filme anterior, Anderson volta a falar de famílias problemáticas e desestruturadas (esse parece ser o grande tema do início do século XXI). O interessante é que dessa vez não se trata de uma família de laços sanguíneos. A equipe de Zissou é formado pelos mais estranhos e diferentes tipos e ali está uma família das mais disfuncionais. O desgastado aventureiro que não sabe mais o quê fazer depois da morte do melhor amigo, o filho em busca de um pai, a repórter grávida em busca de um pai para o seu filho, o estranho alemão que já na meia idade procura um pai, são todos exemplos de seres absolutamente carentes. Outra coisa, fiquem atentos na trilha sonora. As músicas foram compostas pelo David Bowie e traduzidas para o português (isso mesmo) pelo ótimo Seu Jorge, que também atua no filme. Sem dúvida, um dos melhores filmes de 2004. Nota: A.
Batman Begins (de Christopher Nolan, 2005)
Mais do mesmo? Definitivamente não. Este Batman é uma interessante abordagem sobre um dos personagens mais famosos das histórias em quadrinhos, ainda que não traga nada de muito original ou novo. O ponto alto do filme é justamente a tentativa de aprofundar a origem do personagem, e a excelente interpretação de Christian Bale no papel principal permite que Batman se torne não apenas mais um super-herói escondido por de trás de uma máscara, mas também um homem cheio de dúvidas e medos. O habitualmente canastrão Michael Caine também está muito bem na pele do mordomo Alfred (aliás, bem mais interessante aqui do que nos outros filmes do morcegão). Prestem atenção em Cillian Murphy, que interpreta o Espantalho/Dr. Crane, e no sempre intrigante Gary Oldman. Pena que Nolan não é nenhum Tim Burton. Eu continuo preferindo Batman – O Retorno, com os maravilhosos Penguim e Mulher-Gato. Nota: B
Gotinhas:
- Boa notícia: Dark Water, novo filme de Walter Salles, estréia sexta-feira nos EUA e vêm recebendo boas críticas por lá. Trata-se de uma refilmagem de um filme de terror psicológico japonês, com Jennifer Connelly no papel da mãe após ganhar a guarda da filha numa batalha judicial muda-se para um novo e estranho apartamento. Dark Water deve estrear no Brasil em agosto.
- Finalmente começaram as filmagens do novo filme de Steven Spielberg, ainda sem nome definitivo. Estrelando Eric Bana, Daniel Craig e Geoffrey Rush, o filme conta a história por trás do atentados anti-semitas ocorridos nos Jogos Olímpicos de Munique-72. A previsão é de que o filme chegue aos cinemas americanos ainda em 2005.
Música do dia: Take Me Out, de Franz Ferdinand.
Dica de Filme: Amor Maior Que a Vida (de Keith Gordon, 1999)