Vamos atualizar esse blog! :)
Boa Noite, e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, de George Clooney, 2005)
Boa Noite, e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, de George Clooney, 2005)
Quero rever alguns dos principais filmes de 2005, mas, por enquanto, Boa Noite, e Boa Sorte é o meu favorito. Belíssimamente bem fotografado, super bem atuado, ótimo roteiro. E ainda dá pra ficar melhor: talvez seja o filme mais importante de 2005. Apesar de falar sobre um período turbulento da história dos Estados Unidos (os anos 50 e a perseguição aos "comunistas"), o filme de George Clooney é atualíssimo, estão lá todos os aspectos da decadência moral que atinge a administração Bush, ao mesmo tempo em que cutuca jornalistas e artistas sobre a necessidade do posicionamento político (sempre digo, não existe postura apolítica, todo ato é político, inclusive a omissão). Vi algumas pessoas falando que Boa Noite, e Boa Sorte é um filme frio, distante. Não acho. É um filme extramente tenso, nervoso, e até emocionante (principalmente na história envolvendo o outro apresentador de TV "simpatizante" do comunismo). Minha única restrição é o segredo envolvendo os personagens de Robert Downey Jr e Patricia Clarkson (dois ótimos atores, por sinal). É uma trama que acaba não acrescentando nada à trama principal. Não sei se outros profissionais vão gostar do filme tanto quanto gostei, mas, para os jornalistas, é um prato cheio. Nota: A+
Match Point (Woody Allen, 2005)
Eu já tinha perdido minhas esperanças no Woody. Sou fã dos filmes do diretor, mas, dos últimos, não sobra nada pra contar a história. E, não mais que de repente, Woody se reinventa. Feito Fênix. Match Point é um filme de Woody Allen como eu nunca tinha visto antes (e e todo mundo, aliás). Ainda que alguns elementos estejam lá (a psicologia, a influência dos clássicos russos, a ironia dos diálogos), o filme é um suspense cheio de tensão e nervosismo. O interessante é que o diretor e roteirista utiliza alguns clichês do gênero com tamanha elegância e inteligência que nem parece que estamos vendo um suspense que, nas mãos erradas, certamente seria um filme burocrático e óbvio. Ao contrário de Clint Eastwood em Menina de Ouro (que quebra os clichês do gênero com aquele final surpreendente), Woody Allen está fazendo um thriller clássico, com suas reviravoltas, pequenos clichês, momentos em que o protagonista quase é pego em flagrante, e etc... E ainda assim, Match Point é um sopro de vitalidade na carreira do diretor. Ótimo. Ah, aquele final, com a aliança e a rede do início, é simplesmente genial. Seja bem vindo de volta, Woody Allen! Nota: A
Ainda vou falar do Donnie Darko! =]