quinta-feira, junho 30, 2005

Guerra dos Mundos (de Steven Spielberg, 2005)
Poucas vezes saí do cinema depois de ver um filme de Spielberg tão decepcionada. Pois ao ver Guerra dos Mundos minha impressão foi bastante negativa. Primeiro, porque, ao contrário de outros filmes do cineasta como Inteligência Artificial e Minority Report que tinham problemas, mas ainda assim era extremamente envolventes e divertidos, Guerra dos Mundos é chato. Tem menos de 2 horas e, no entanto, fiquei olhando para o relógio o tempo inteiro. Mas o problema principal do filme está relacionado com o desenvolvimento dos personagens centrais, a família problemática a partir da qual vemos a invasão alienígena. Ray é um protagonista desinteressante, seus filhos são absolutamente irritantes. Fica quase impossível se importar com o destino dos personagens (até porque, convenhamos, nós ja sabemos qual é este destino, afinal o diretor é o Spielberg, e o protagonista é interpretado por Tom Cruise). Nem o visual do filme é tão extraordinário, tampouco a trilha sonora do John Williams é inspirada. Uma decepção completa. Nota: C+
Música do Dia: Cecilia, de Simon & Garfunkel
Dica de filme: Nelson Freire, documentário extraordinário de João Moreira Salles
Top5 do dia: Compositores de trilhas sonoras: John Williams, Philip Glass, Ennio Morriconi, Gabriel Yared, James Newton Howard.

domingo, junho 26, 2005

Melinda & Melinda(de Woody Allen, 2005)
Woody Allen perdeu o talento já faz algum tempo. Melinda & Melinda é apenas a confirmação disso, ainda que tenha lá seus momentos divertidos e conte com várias atuações inspiradas. A trama conta uma premissa interessante: desmembrar uma mesma história a partir de dois pontos de vista – um cômico, um trágico. Se na parte cômica o filme até se saí bem, com Will Ferrel personificando o próprio Allen com certa competência, a parte dramática falha principalmente porque a Melinda dramática é uma chata, uma protagonista que odiamos desde o início. O talento de Chloë Sevigny e a química desta com o charmoso Chiwetel Ejiofor (que interpreta Ellis) salvam a parte dramática do desastre total, mas isso é pouco para o diretor e roteirista que já criou personagens como Annie Hall e Alvy Singer. Nota: B-

Falando em Chloë Sevigny, aí está uma grande atriz que merecia bem mais destaque do que realmente ganha. Ela foi indicada ao Oscar pela ótima atuação em Meninos Não Choram e também esteve bem em Dogville, apesar do papel pequeno.

Gotinhas:

- Alias continua forte na quarta temporada, apesar de algumas alterações na estrutura do programa. Os sete primeiros episódios desta nova temporada não têm quase nenhuma relação um com outros. São o que os americanos chamam de “stand alone episode”, o que funciona de certa maneira, mas tira um pouco o gostinho de adrenalina que o antigo Alias tinha até de mais. Felizmente, isso começa a mudar a partir do 8° episódio (diga-se de passagem, um episódio espetacular e o melhor dos 9 a que eu já assisti).

Música do dia: Country Feedback, R.E.M

Dica de Filme: Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (de Woody Allen, 1977), para lembrar do que Allen é capaz de fazer.

Top5 do dia: Filmes de Woody Allen: Noiva Neurótico, Noiva Nervosa, Manhattan, Zelig, Hannah e Suas Irmãs, O Dorminhoco.

quarta-feira, junho 22, 2005

Hoje um post rápido e um pouquinho off-topic só para recomendar um artigo que encontrei no site no mínimo (que é ótimo, diga-se de passagem). O artigo fala sobre o estado de espírito dos petistas em geral nesse momento em que o sonho de mais de 20 anos de luta parece se desmoronar bem na nossa frente. Vale a leitura mesmo para aqueles que não são petistas. A autoria é de Ricardo Kotscho e o nome do artigo é
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  • (clique no nome do artigo para acessá-lo).

    Outra coisa: deixem comentários!!! :D

    terça-feira, junho 21, 2005

    Alias encontra The O.C.:
    Veronica Mars certamente não é uma garota comum. Mistura de Sydney Bristow com Marissa Cooper, Veronica sofre no colégio, onde vive isolada desde a misteriosa morte de sua melhor amiga, ao mesmo tempo em que tenta salvar o mundo – salvar o mundo é exagero, mas Veronica ajuda seus amigos a resolverem “pequenos” problemas, que vão dos mais fúteis aos mais dramáticos. Além disso, ela tem uma relação de amor e ódio com o pai, ex-chefe de polícia que agora comanda uma empresa de investigação particular – e é aí que Verônica vira Sydney Bristow, sem tanta paulada ou perucas, claro. A primeira temporada do seriado estreou em 2004 nos Estados Unidos, pelo canal UPN (o mesmo de sucessos como Buffy, A Caça-Vampiros), e não chegou a empolgar a audiência, mas é um dos xodós da crítica americana. Apesar de não chamar a atenção do público, a série foi renovada e voltará para uma segunda temporada no segundo semestre. Aqui no Brasil a série estreou em junho no canal TNT no insólito horário das 17hs às 19hs nas terças-feiras (com reprises aos sábados ao meio-dia). São exibidos dois episódios por semana, um depois do outro. Veronica Mars foi criada por Rob Thomas, roteirista de alguns episódios de Dawson’s Creek. O grande destaque da série é, sem dúvida, a novata Kristen Bell que interpreta a jovem Veronica com muito charme e talento. Vale a pena dar uma conferida no seriado!

    Gotinhas:

    - Começaram a sair as primeiras críticas de A Feiticeira, remake da famosa de série de TV dos anos 60. Dirigido por Nora Ephron e estrelado por Nicole Kidman e Will Ferral, o filme, que estréia nesta sexta-feira nos EUA, vem recebendo críticas mornas. No Brasil, A Feiticeira só estréia no dia 30 de setembro.

    - Parece que vai sair mesmo a continuação de Elizabeth (1998), com Cate Blanchett reprisando o papel que lhe deu sua primeira indicação ao Oscar. O diretor Shekar Kapur também está envolvido no projeto, enquanto que o britânico Clive Owen está em negociações para assumir o papel de Sir Walter Raleigh, amante da monarca que comandou a Inglaterra por mais de 40 anos. O filme deve se chamar Elizabeth: The Golden Age.


    Música do dia: Needle in the Hay, de Elliot Smith

    Dica de filme: De Repente, no Último Verão (1959), com Elizabeth Taylor, Katharine Hepburn and Montgmery Clift em ótimas atuanções.

    sábado, junho 18, 2005

    Casa de Areia e Névoa (de Vadim Perelman, 2003)
    “Alguns sonhos não podem ser compartilhados” – é o que diz o cartaz desse filme estrelado por Jennifer Connelly e Bem Kingsley (ambos em atuações memoráveis). Neste caso, o sonho não apenas não pode ser compartilhado, como também vai acabar em tragédia inevitavelmente. Os indicativos para esse final trágico estão todos lá desde o início da história: os erros do passado não podem ser desfeitos, os indivíduos batem de frente e não há alternativa fácil a ser tomada. Mais do que uma tragédia do plano individual dos personagens envolvidos, esta é a tragédia da própria sociedade. O choque cultural entre cidadãos americanos (Kathy, Lester) e imigrantes (a família Behrani) é o ponto chave do filme, que também aborda outras instâncias igualmente problemáticas da sociedade americana: a ineficiência burocrática (representada tanto pelo erro governamental que dá início à trama, quanto à incompetência da advogada que não consegue reverter a situação), a brutalidade oficial (o personagem catalisador da trama é o policial Lester, um fraco incapaz de entender pontos de vista que não o seu próprio), o desmantelamento familiar (todas as famílias da trama são marcadas pelo distanciamento emocional e pela vida de aparências); além disso, a própria inércia do indivíduo frente aos desmandos governamentais é um tema central do filme. A genialidade do roteiro está em não identificar vilões e heróis; o público é levado a simpatizar com ambos os lados da história: a instável jovem que perde a casa que tanto custou a seu pai para construir; a família iraniana que busca uma nova oportunidade. Casa de Areia e Névoa demorou um tempão para chegar aos cinemas aqui de Porto Alegre, e agora já foi lançado em DVD. Vale a pena dar uma olhada. Nota: A-

    Madagascar (2005)
    Fui ver a nova animação da Dreamworks com um pé atrás porque já tinha achado o trailer do filme totalmente sem imaginação. Infelizmente, eu não estava errada. Madagascar é um filme chato, sem inspiração e com uma trama medonha. Os únicos personagens que salvam o filme são os pingüins. E só. Nota: C

    Música do Dia: Shelter from the Storm, de Bob Dylan

    Dica de filme: Casa de Areia e Névoa

    Top5 do dia: Melhores Seriados Americanos da Atualidade: Desperate Housewives, Alias, 24, CSI, Veronica Mars.

    sexta-feira, junho 17, 2005

    Um das minhas mais recentes descobertas chama-se Alias, seriado que existe desde 2001 e atualmente é transmitido pelo canal Sony. Eu nunca tinha assistido um único episódio inteiro, mas resolvi alugar a primeira temporada da série depois de ouvir muitos comentários positivos de dois amigos. Existem duas razões para eu nunca ter visto a série antes: 1) a Jennifer Garner, que sempre me irritou por alguma razão desconhecida; e 2) o fato de eu ter um sério problema para acompanhar programas de televisão religiosamente – uma falha de caráter, acredito. Este segundo entrave foi facilmente transposto com os lançamentos em DVD das temporadas inteiras do seriados americanos. Grande, grande invenção esta! Foi assim que eu descobri 24 e agora Alias. Então, há umas duas semanas eu aluguei a primeira temporada de Alias. Que surpresa! Até a Jennifer Garner está bem... até não, ela está excelente, segura a série de ponta a ponta. Dá pra dizer sem muito medo de errar que 50% do sucesso do seriado se deve a ela. Bom, o fato é que acabei gostando tanto da primeira temporada que já assisti também à segunda e à terceira temporadas. A segunda temporada é a melhor da série, absolutamente genial. Já a terceira é constrangedora, decepcionante do início ao fim. Em janeiro deste ano, estreou nos EUA a quarta temporada (que ainda não tem data de lançamento prevista para o Brasil, mas que deve passar em breve no Sony). Não me perguntem como, mas eu já assisti aos dois primeiros episódios desta quarta temporada (na verdade, é um episódio só de duas horas). A série conseguiu dar uma volta de 180° graus e parece que voltará a direção certa, retomando algumas de suas qualidades que tinham sido esquecidas na vexatória terceira temporada. A boa notícia é que uma quinta temporada já está confirmada (apesar da gravidez da Jennifer Garner).

    => Gotinhas:

    - Geoffrey Rush está confirmado no elenco do próximo projeto de Steven Spielberg sobre os atentados anti-semitas ocorridos nas Olimpíadas de Munique, em 1972. Rush une-se a Eric Bana e Daniel Craig no filme que ainda não tem nome definido, mas tem data de estréia prevista para dezembro de 2005 nos EUA.

    - Tom Cruise e Kate Holmes estão noivos! Quem ainda agüenta esses dois?

    - O próximo filme do diretor Michel Gondry (do genial Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças) traz Gael García Bernal no papel principal. O filme chama-se The Science of Sleep e conta a história de um homem preso em seus próprios sonhos.

    - Semana passada estreou no canal TNT a série Veronica Mars, um dos hits cults do ano nos EUA. Infelizmente, a emissora brindou os telespectadores brasileiros com um péssimo horário: às terças-feiras às 17hs. Mesmo assim, vale a pena dar uma olhada no seriado. A protagonista é interpretada pela surpreendente Kristen Bell, ótima no papel da jovem que tenta desvendar o misterioso assassinato de sua melhor amiga.

    => Música do dia: The Wind, do Cat Stevens

    => Dica de filme: O Guia do Mochileiro das Galáxias

    => Top 5 do dia: Melhores atrizes da história: Elizabeth Taylor, Vivien Leigh, Bette Davis, Meryl Streep, Katherine Hepburn.