sexta-feira, agosto 26, 2005

Los Hermanos em POA
Já faz algum tempo que eu digo que a banda carioca Los Hermanos é a melhor banda brasileira da atualidade. Nessa semana, os caras tiveram a oportunidade de provar isso mais uma vez para os seus fãs porto-alegrenses e não decepcionaram. Fui no show na quarta-feira, no Opinião, e posso dizer que saí completamente extasiada: os Los Hermanos também são uma baita banda no palco! Eu tenho a impressão que alguns artistas, apesar de lançarem grandes álbuns, não conseguem fazer grandes shows. Mas os Los Hermanos, por outro lado, têm as duas qualidades: lançam grandes álbuns e fazem grandes shows. Esse é o segundo show da banda a que eu assisto e a minha grande expectativa com relação a esse show era saber como a banda iria mesclar o novo cd com as músicas antigas, já que as novas canções têm um ritmo bastante diferente do trabalho anterior dos caras. Felizmente, o resultado foi extraordinário, mesmo que em algums momentos as músicas mais "paradonas" do cd 4 tenham quebrado um pouco o ritmo do show (falta a energia que estava presente nos outros álbuns). Mesmo quem não é fã dos caras ou não conhece o trabalho deles deve dar uma conferida no show. Vale a pena!
Confira a agenda de show dos Los Hermanos: 27/08 Caxias do Sul; 28/08 Florianópolis; 04/09 Açores, Portugal; 06/09 Lisboa, Portugal; 07/09 Porto, Portugal; 09/09 São José dos Campos; 11/09 Rio de Janeiro; 23, 24 e 25/09 São Paulo; 30/09 Manaus; 01/10 Belém.
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Feminices (Domingos de Oliveira, 2005)
Feminices é um filme estranho. Filmado com baixo orçamento e muito alto astral (dá pra notar isso na tela), o filme não se define entre ficção ou documentário - é um quase documentário. A premissa: quatro mulheres, todas com cerca de 40 anos, reúnem-se para escrever uma peça de teatro justamente sobre as mulheres de 40 anos. A trama é interessante e até gera momentos hilários, mas o filme simplesmente não funciona. A principal razão está na teatralidade exagerada da performance das atrizes e no próprio roteiro, que abre espaço para essa teatralidade. Eu sempre achei que a maioria dos filmes brasileiros têm esse problema: os diálogos são muito artificiais. Não tenho certeza se se trata de um problema com os atores brasileiros, com os roteiros ou até mesmo com a direção de atores, mas o fato é que os diálogos ficam devendo, e muito. Além disso, a direção de Oliveira também não me agrada (vejam, por exemplo, o momento em que uma das personagens fala sobre o caso que está tendo com outro homem. A câmera fica presa em close-up no rosto da atriz por vários minutos! É uma chatice!). Enfim, o filme desperdiça o talento das atrizes e a boa premissa. Uma pena. Nota: B-
Música do dia: In the Sun, Joseph Arthur

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

opa. como tava o show na quarta? terça tava bem divertido, mas meio cheio. e eles tocaram o 4 inteiro? terça sim. o que foi ao mesmo tempo agradável ('condicional' e 'o vento' ficaram bem legais ao vivo) e des ('os pássaros' é melhor em casa, 'horizonte distante' é chata independente do lugar em que é tocada e algumas outras - 'sapato novo', 'dois barcos' - deixaram os agitadinhos com sono ou com as bexigas hiperativas).

3:05 PM  
Anonymous Anônimo said...

e como assim 'quer dizer que tu não viu "melinda e melinda?"'. evidente que vi. ou tu acha que eu perderia algo do woody?

e não achei tão ruim. pelo contrário, bem divertido. e ele fica melhor ainda quando tu repara que, exatamente como no filme, aqueles acostumados com o drama só vêem valor na parte humorística (que pra mim - um palhaço amador - é forçada, inverídica).

mas, admito, é um dos poucos filmes do woody que vi apenas uma vez. pode ser que nas seguintes ele perca o encanto, o que não ocorreu com os da virada anos 70/80 - que já vi mais de 10 vezes. a conferir.

beijo.

3:18 PM  

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