O apagar das luzes
Ao final desta noite de quinta-feira, ao subirem os letreiros e despedirem-se os últimos espectadores, os cines Imperial e Guarany fecharão suas portas de forma definitiva. A notícia já circulava desde o início do ano passado, quando foi anunciado que o prédio do Imperial seria restaurado para receber o novo Centro Cultural da Caixa Econômica Federal. Nenhuma surpresa, portanto; mas é difícil deixar de reconhecer que se encerra uma era em Porto Alegre: não existem mais cinemas de rua na capital dos gaúchos. Sucubiram de forma vertiginosa aos cinemas de shopping ou centros culturais. O charme melancólico e nostálgico dos grandes teatros da rua dos Andradas (capazes de abrigar mais de mil espectadores de uma só vez) deu lugar ao aspecto clean e às salas pequenas dos multiplex. É claro que não dá para colocar a culpa em ninguém, porque hoje os tempos são outros. É preciso pensar na violência que atinge, principalmente, as ruas do centro da cidade e na grande variedade de títulos que cada vez mais aporta nos cinemas brasileiros, sem falar na concorrência com o DVD e na própria decadência do centro de Porto Alegre. Felizmente, o Imperial e o Guarany darão lugar a um dos centros culturais mais modernos do país e ainda há a expectativa da construção de um cine-teatro para cerca de 800 pessoas. Mas com certeza deixarão saudades, e a praça da Alfândega já não é a mesma...
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Os novos Los Hermanos
Chegou o esperado novo cd dos cariocas Los Hermanos. A banda, marcada pela ruptura de estilo, muda sua cara novamente. Dessa vez, eles aparecem mais contemplativos, mais experimentais, menos energéticos e com letras mais curtas. Não é um álbum de se apaixonar de primeira, requer alguma paciência até que as coisas comecem a engrenar. Na minha opinião, é inferior ao Ventura, álbum anterior dos caras. Ainda assim, confirma aquilo que muita gente já sabia: Los Hermanos é a melhor banda brasileira da atualidade. Eu recomendo: O Vento e É de Lágrima, as duas melhoras faixas do cd. O cd está custando R$ 30 em média. É bom ir preparando o gogó, porque Los Hermanos vão estar em Porto Alegre nos dias 23 e 24 de agosto, no Opinião. Outras informações sobre o grupo, acesse o Site Oficial.
Música do dia: Um Par, Los Hermanos. Para comparar com o álbum anterior da banda.
Dica de Filme: Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore, 1989)
Ao final desta noite de quinta-feira, ao subirem os letreiros e despedirem-se os últimos espectadores, os cines Imperial e Guarany fecharão suas portas de forma definitiva. A notícia já circulava desde o início do ano passado, quando foi anunciado que o prédio do Imperial seria restaurado para receber o novo Centro Cultural da Caixa Econômica Federal. Nenhuma surpresa, portanto; mas é difícil deixar de reconhecer que se encerra uma era em Porto Alegre: não existem mais cinemas de rua na capital dos gaúchos. Sucubiram de forma vertiginosa aos cinemas de shopping ou centros culturais. O charme melancólico e nostálgico dos grandes teatros da rua dos Andradas (capazes de abrigar mais de mil espectadores de uma só vez) deu lugar ao aspecto clean e às salas pequenas dos multiplex. É claro que não dá para colocar a culpa em ninguém, porque hoje os tempos são outros. É preciso pensar na violência que atinge, principalmente, as ruas do centro da cidade e na grande variedade de títulos que cada vez mais aporta nos cinemas brasileiros, sem falar na concorrência com o DVD e na própria decadência do centro de Porto Alegre. Felizmente, o Imperial e o Guarany darão lugar a um dos centros culturais mais modernos do país e ainda há a expectativa da construção de um cine-teatro para cerca de 800 pessoas. Mas com certeza deixarão saudades, e a praça da Alfândega já não é a mesma...
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Os novos Los Hermanos
Chegou o esperado novo cd dos cariocas Los Hermanos. A banda, marcada pela ruptura de estilo, muda sua cara novamente. Dessa vez, eles aparecem mais contemplativos, mais experimentais, menos energéticos e com letras mais curtas. Não é um álbum de se apaixonar de primeira, requer alguma paciência até que as coisas comecem a engrenar. Na minha opinião, é inferior ao Ventura, álbum anterior dos caras. Ainda assim, confirma aquilo que muita gente já sabia: Los Hermanos é a melhor banda brasileira da atualidade. Eu recomendo: O Vento e É de Lágrima, as duas melhoras faixas do cd. O cd está custando R$ 30 em média. É bom ir preparando o gogó, porque Los Hermanos vão estar em Porto Alegre nos dias 23 e 24 de agosto, no Opinião. Outras informações sobre o grupo, acesse o Site Oficial.
Música do dia: Um Par, Los Hermanos. Para comparar com o álbum anterior da banda.
Dica de Filme: Cinema Paradiso (Giuseppe Tornatore, 1989)
4 Comments:
aqui: "os pássaros", e, do lado B, "condicional". "o vento" também é muito divertida (apesar de, depois de tê-la escutado setenta e duas vezes, ainda não ter conseguido decorar mais de um terço da letra - exceto, claro, meu trecho favorito: 'se a gente já não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar'). mas não consigo comparar discos. não com precisão. "este ganhou deste, com um refrão de vantagem". são diferentes. ambos muito bons.
e, ah, lembro com detalhes de um dia em que minha mãe foi buscar eu e meu irmão no joão 23 no meio da aula para que fôssemos ver o "jurassic park" no Marrocos (aos jovens: um cinema de rua que ficava na getúlio quase esquina com a josé de alencar, gigantesco, que tinha, bem embaixo da tela enorme, uma rampa que subíamos depois de percorrer correndo o interminável corredor entre as centenas de poltronas de couro vinho). sim, sempre gostei de dinossauros, mas hoje só vejo o spielberg na tevê. e o Marrocos fechou há pelo menos cinco anos atrás (o "jurassic park" é de 93).
escreverei. eventualmente. beijo.
by the way, meu irmão também não gostou do 'melinda e melinda'. disse que a parte dramática era chata demais; a parte cômica (lê-se o will ferrell) salvavam o filme do rótulo de insuportável.
pobres dramaturgos...
Realmente, é difícil comparar álbuns. Mesmo assim, considero o 'Ventura' um cd perfeito, enquanto o '4' é "apenas" bom. Mas ainda tô descobrindo essas novas músicas, ainda não digeri tudo completamente. Pode ser que a minha opinião mude.
Não lembro do Marrocos. Lembro do Avenida, do ABC, do Coral, do Baltimore (claro), do Presidente... tantos outros. Cinemas de rua deveriam ser obrigatórios. São tão charmosos.
Quer dizer que tu não viu o Melinda & Melinda? Eu fui na onda, achando que era o melhor Allen desde não sei lá quando... decepção. Uma pena. Ele definitivamente já não é mais o mesmo.
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