terça-feira, novembro 08, 2005

Eu raramente assisto novelas, mas tento, de tempos em tempos, prestar atenção no horário nobre (ou seja, no folhetim das oito que passa às nove). E eu tenho que dizer aqui que a novela América, principalmente na sua reta final, me deixou muito preocupada por uma razão bastante simples: a dramaturgia brasileira parece rumar em direção à completa mexicanização, incluindo soluções sofríveis, personagens mal-escritos, vilões unidimensionais e efeitos especiais de última categoria. E se olharmos para os outros horários, perceberemos que essa tendência também está presente: Bang Bang, por exemplo, é horrível. Manoel Carlos, por favor, retorne o quanto antes! (a boa notícia é que ele vai retornar com a próxima novela das oito, trazendo Regina Duarte como Helena... e uma Ana Paula Arósio contemporânea).
Mas o quê dizer então na nova novela das oito, Belíssima? O início não me empolgou, Sílvio de Abreu é um autor irregular (acertou com a Próxima Vítima, mas errou feio com a péssima Torre de Babel) e o elenco também não é dos mais adequados. Não consigo entender, por exemplo, a fascinação por Glória Pires. Considero-a uma boa atriz, chegando a ser excelente quando interpreta personagens durões, como em Memorial de Maria Moura, ou é a vilã, como em Mulheres de Areia, mas como a mocinha da história ela se torna pálida e desinteressante. Da mesma forma, acho Marcello Antony um par totalmente inadequado para Pires, ainda que seja muito charmoso. Antony sai-se melhor quando interpreta personagens canalhas. Outra coisa que me incomodou na estréia foi o exagero na composição da personagem de Fernanda Montenegro, achei que ela seria uma avô durona, mas protetora, e não o mal em pessoa. De mais, o núcleo cômico me parece, como sempre, muito confuso, mas salva-se o carisma de Cláudia Raia e a beleza de Reynaldo Gianecchini. E Jamanta continua chato...
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Vi O Coronel e o Lobisomem, não achei tão ruim quanto esperava que fosse, mas o final confuso, a trilha sonora totalmente inadequada e a voz de Selton Mello quase destróem o filme. Quem rouba a cena é Pedro Paulo Rangel, maravilhoso na pele de Juquinha. Diogo Vilella e Ana Paula Arósio estão competentes como sempre. Nota: B-

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Só para deixar registrado que SEMPRE leio teu blog...
Beijos

9:19 PM  
Blogger Isabela Vieira said...

Ai, amada, é por essas coisas que tu sempre ganha carona... ;)

11:15 PM  
Anonymous Anônimo said...

E olha que nem faço isso pela carona... faço por torcida mesmo, por saber que és talentosa e super capaz!!!
Mas é óbvio que não reclamo da carona!!!
Beijos

11:47 PM  

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