A Luta Pela Esperança (Ron Howard, 2005)
Esperava bem mais deste filme. Começa chato e termina um pouco mais emocionante, mas, ainda assim, o fato é que A Luta Pela Esperança não traz absolutamente nada de novo. Pior, repete, sem o mínimo embaraço, os mesmos clichês do gênero esportivo (todos aqueles que Clint Eastwood quebrou com a tocante reviravolta de Menina de Ouro). Os sempre medíocres Ron Howard e Akiva Goldsman ainda conseguiram transformar um dos personagens verídicos (o boxeador Max Baer) num monstro inescrupuloso e nojento. É como se só conseguíssemos torcer por James Braddock se ele for um anjo, incapaz de cometer qualquer deslize (seja como professional, seja como marido e pai), e se seu oponente for um crápula. É claro que o carisma e a grande atuação de Russel Crowe (nenhuma novidade) quase salvam o filme, sem falar na bela fotografia e na participação sempre interessante de Paul Giamatti (mesmo que o ator não esteja tão bem quanto esteve em Sideways e, principalmente, Anti-Herói Americano). Enfim, não é que o filme seja ruim, mas simplesmente é uma repetição medíocre de dezenas de outros filmes que já vimos milhões de vezes na sessão da tarde. Se quiser ver um grande filme de boxe, alugue Touro Indomável. Ah, Renée Zellweger está péssima... Nota: B-
Acabei de ver o trailer de Match Point (vejam no site da Apple) e estou abismada. Apesar de ser escrito e dirigido por Woody Allen, o filme não se parece com nada que o famoso diretor novaiorquino tenha feito em toda a sua carreira. Match Point, que traz Scarlett Johansson (uma atriz superestimada, na minha opinião) no papel principal, parece ser uma espécie de Atração Fatal um pouco mais jovem. Vai ser muito interessante ver como Allen se deu com um gênero diferente. Vale lembrar que o filme foi bem recebido em Cannes.
Música do dia: As Time Goes By, na voz de Billie Holiday.
Dica de Filme: Núpcias de um Escândalo, de George Cukor, estrelando Katharine Hepburn, James Stewart e Cary Grant.
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